Adoração em MOVIMENTO, pate I

Especialista em dança, a professora Isabel Diniz fala do valor da expressão corporal no louvor a Deus.

De uns anos para cá, um novo elemento litúrgico tem sido introduzido, com bastante aceitação, nos cultos e celebrações evangélicas - a dança. A expressão corporal, nas suas múltiplas formas e estilos, está deixando de ser instrumento usado apenas para evangelização - como naquelas tradicionais pantomimas encenadas por ministérios tipo Jocum - para ganhar força como forma de louvor e adoração congregacional. A tendência, diga-se, não surgiu por acaso. Ela explodiu a partir do sucesso do Ministério de Louvor Diante do Trono, grupo ligado à Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte (MG). É lá que funciona o Mudança - Companhia de Dança e Artes Cênicas, que acompanha o grupo musical executando elaboradas coreografias durante as programações.À frente do ministério de dança daquela igreja desde 1996, a professora Isabel Cristina Vieira Diniz é uma especialista no assunto. Formada em balé clássico, mestre em educação física e coordenadora dos cursos de artes cênicas e dança experimental da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), ela levou para os púlpitos uma arte que, durante muito tempo, foi considerada profana pelos evangélicos. Isabel fala com conhecimento de causa: "Os crentes sempre tiveram muito preconceito contra a dança, associando-a à carnalidade", diz. Ela mesma, quando se converteu ao Evangelho há 19 anos, pensou em abandonar a arte, embora fosse profissional."Toda minha referência de dança não condizia com a nova vida que eu tinha", lembra."Mas Deus começou a falar comigo e resgatou a dança na minha vida."Desde então, Isabel vem se dedicando de corpo e alma - literalmente - ao que considera um ministério pessoal. O trabalho junto ao Diante do Trono mostrou-lhe que a dança, mais do que expressão pessoal de louvor, pode ser utilizada para promover edificação, crescimento espiritual e até cura divina. "Tenho tido experiências maravilhosas, presenciando a restauração de muitas vidas através deste trabalho." No livro Louvai a Deus com danças (Diante do Trono Publicações), em segunda edição, a artista procura demolir preconceitos e enfatiza o valor da expressão corporal no culto a Deus.Casada com Eustáquio Diniz e mãe de três filhas - a família a acompanha no trabalho religioso -, Isabel está envolvida com diversos projetos artísticos voltados para o público evangélico. Um deles é o 4° Seminário Nacional de Dança no Louvor e na Adoração, programado para setembro em Belo Horizonte. "Sinto que há um enorme mover de Deus nesta área", entusiasma-se. Da capital mineira, onde vive e trabalha, a professora atendeu a reportagem de ECLÉSIA:ECLÉSIA - Até que ponto a popularidade do ministério Diante do Trono contribuiu para a expansão da dança no meio evangélico?ISABEL - Creio que o fato de Deus ter levantado e honrado o Diante do Trono com visibilidade e credibilidade nacional fortaleceu o que já vinha sendo feito através de muitos grupos. Está se consolidando um trabalho santo, de qualidade e comprometido com o Reino de Deus. Na verdade, já havia um mover de Deus na área da dança no Brasil. Hoje, a dança tem sido vista de outra maneira pela Igreja contemporânea, reduzindo sua desconfiança em relação a ela. Isso tem sido um referencial nas diversas áreas nas igrejas e na vida de muitos cristãos.

Justamente devido a esta popularidade, não existe o perigo de se disseminar um modismo?
É preciso enfatizar que a dança, na igreja, não pode ser uma moda. Há cuidados a serem tomados. Muitos têm trazido a dança do mundo para a igreja, o que cristaliza os preconceitos de carnalidade.



.... continua

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